terça-feira, 14 de maio de 2013

Cibercrime cresce na América Latina e Caribe, afirma Trend Micro

Região tornou-se alvo fácil de ataques por conta de falta de consciência com relação à segurança e sistemas de proteção melhores na região

Os cibercriminosos abriram caminhos na América Latina e no Caribe, e parece ter fundado empresas em expansão graças aos baixos níveis de proteção e consciência na região. É o que aponta uma análise rara, mas oportuna, feita pela Trend Micro.
Depois de coletarem dados de 20 das 32 Organizações dos Estados Americanos (OEA) e seus próprios honeypots, a Trend Micro conclui que o cibercrime está em ascensão - o que não é uma surpresa, dado que este é um fenômeno global, mas vale a pena prestar atenção em qualquer empresa fazendo negócios nesses países.
No geral, os incidentes aumentaram nos países da OEA entre 8% e 40% entre 2011 e 2012, em todas as categorias de ameaça, com destaque para hacktivismo, ataques a internet banking e a infraestruturas específicas.
Mais interessante do que as percentagens em si, no entanto, foram as conclusões que a Trend Micro fez com relação à cibersegurança subjacente, com base nos tipos de ataque que foram relatados.
Malware foi o maior problema na região - a pesquisa sugere que o nível de correção é baixo, os sistemas operacionais são executados em estados precários e há indicativos de uma complacência geral entre os consumidores com relação aos riscos do mau comportamento de softwares.

Cibercrime
O crime organizado nativo (oposição às gangues do Leste Europeu) também parece ter bastante sucesso, adaptando os métodos de ataque aos pontos fracos encontrados em diferentes países. Isto inclui as gangues que desenvolvem seus próprios kits de crimeware, tendo o "PiceBot" como um bom exemplo de malware bancário que anuncia um novo nível de sofisticação para malware caseiros.
A proteção para sistemas de controle industrial (ICS) também é uma preocupação, com a Internet enfrentando muitos sistemas abertos a ataques. A própria Trend Micro registrou 39 ataques a sistemas de infraestrutura na região durante um único mês em 2012 - 12 deles classificados como automatizados, repetidos e direcionados.
Talvez a maior fraqueza de todas seja simplesmente a resposta desigual dos governos na região. Dinheiro, experiência e a falta de ciber-consciência continua sendo um problema, embora a Trend Micro tenha descoberto que muitos países estavam sendo positivamente incentivados pela cultura global emergente em ciber-defesa do governo.
"No conjunto, os líderes políticos estão conscientes dos perigos do cibercrime e hacking, mas os esforços são, muitas vezes, limitados pela falta de recursos dedicados à capacitação cibernética e pela falta de conhecimento especializado e experiência para implementar políticas técnicas", disseram os pesquisadores da empresa de segurança.

Fonte: IDGNow

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