terça-feira, 21 de maio de 2013

Aumento acelerado da mobilidade faz mercado criminoso especializado crescer


Os dispositivos móveis tornaram-se alvos atraentes para criminosos de todo o mundo, tanto que uma indústria obscura começou a crescer para apoiar a atividade maliciosa destinada a esses dispositivos, de acordo com um relatório divulgado pelo Grupo de Trabalho Anti-Phishing (APWG, ou Anti-Phishing Working Group).
"Em uma era pós-PC, os dispositivos móveis cada vez mais apresentam alternativa atraente, prática e econômica aos desktops tradicionais", diz o relatório Ameaças Móveis e o Mercado Underground.
"Nos próximos anos", continua, "os pagamentos móveis globais estão previstos para ultrapassar 1,3 trilhão de dólares, e mais que isso, apresentam uma grande oportunidade para cibercriminosos que se aproveitam das vulnerabilidades dessas plataformas de computação."
O objetivo do relatório é fornecer uma visão abrangente do crescimento da infraestrutura criminosa em torno da fraude móvel, observou o presidente da APWG, Dave Jevans, que também é presidente e CTO da Marble Security. "Quando você vê como essa economia informal funciona, descobre uma grande infraestrutura que está sendo construída para o crime eletrônico móvel", disse.

Em velocidade
Essa infraestrutura está sendo criada muito mais rapidamente do que foi a para fraude de PCs. "Pelo menos cinco vezes mais rápido", disse Jevans. "O que levou 10 anos para PCs, vai demorar 18 meses a dois anos para o celular."
Algumas dessas infraestruturas mobile criminosas estão sendo construídas sobre componentes existentes das redes de crime para PCs. Por exemplo, os hosts "à prova de bala" usados ​​para hospedar sites de phishing e de distribuição de malware são agora usados ​​para hospedar malware Android, toolkits móveis e SMS phishing.
"Grande parte dos provedores de infraestrutura para o crime eletrônico nos últimos 10 anos estão apenas adicionando o fator 'móvel' em seu 'mix', então tudo está se movendo muito mais rapidamente", disse Jevans.
Esta tem sido uma progressão natural do mercado, disse Tom Kellermann, vice-presidente de segurança cibernética da Trend Micro. O executivo disse que a tendência de crimes móveis começou há seis ou sete anos, quando as comunidades bancárias asiáticas e europeias decidiram incentivar o mobile banking.
"Começamos a ver kits de crimes tradicionais, como Zeus, SpyEye e Citadel adicionar variantes móveis", disse.

Pontos fracos
Os dispositivos móveis podem ser mais vulneráveis ​​a ataques man-in-the-browser, não somente porque têm navegadores, mas também porque seus aplicativos funcionam como mini-browsers, interagindo diretamente com a web. "Os navegadores em dispositivos móveis tornaram-se o calcanhar de Aquiles, porque estão fornecendo a sessão para que a autenticação ocorra - e é por isso que existem tantos ataques man-in-the-browser bem sucedidos, focados em plataformas móveis", disse Kellerman.
Outro aspecto de muitos dispositivos móveis que os tornam fáceis de explorar são as telas pequenas. "Quer dizer, você não vê as dicas e as pistas de que algo está errado como você veria em um desktop ou notebook", disse Tim Chiu, diretor de marketing da Blue Coat Systems.
Em um ataque de phishing em um computador, há indícios - você pode ver a URL completa ou pode passar o cursor sobre um link para ver onde ela vai levar. "Em um dispositivo móvel, você não pode fazer isso", explica.
"E quando você clica em um endereço", continuou, "muitos dispositivos móveis têm um recurso chamado 'ocultar automaticamente', a fim de dar o maior espaço de tela possível ao usuário. Isso esconde a URL, então você não sabe onde está clicando."



Fonte: IDGNow/TrendMicro

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