Uma pesquisa global sobre cibersegurança com mais de 1,5 mil gestores
de segurança da informação revelou que uma em cada cinco empresas já
foi atacada por ameaça avançada persistente (APT).
O estudo realizado pela associação global de TI (Isaca) a pedido da
Trend Micro e mostrou que 94% dos entrevistados consideram as APTs como
possíveis ameaças à segurança nacional e estabilidade econômica, embora a
maioria das empresas ainda empregue tecnologias consideradas ineficazes
para proteção.
Usadas com o objetivo de roubar propriedade intelectual, as APTs
recentemente violaram redes importantes de empresas e governos em todo o
mundo. Mais de 60% dos entrevistados disseram que é apenas uma questão
de tempo para que suas empresasse também se tornem alvos.
Os resultados do estudo da Isaca mostrou que 96% dos respondentes
estão pelo menos um pouco familiarizados com as APTs. No entanto, 53%
disseram não acreditar que esse tipo de ameaça se difere das
tradicionais, indicando que muitos não as entendem completamente.
"APTs são sofisticadas, furtivas e implacáveis", diz Christos
Dimitriadis, vice-presidente internacional da Isaca. "Ameaças cibernéticas tradicionais,
muitas vezes, mudam rapidamente de alvo se não conseguem penetrar sua
meta inicial, mas uma APT tentará continuamente até que cumpra o
objetivo. E, uma vez que consiga, pode se disfarçar e se transformar
quando necessário, o que torna difícil identificá-lo ou pará-lo".
Mais de 60% dos respondentes da pesquisa dizem estar prontos para
reagir a um ataque APT. No entanto, antivírus e antimalware (95%) e
tecnologias de perímetro de rede, como os firewalls (93%), estão no topo
da lista de controles que as empresas estão usando –informação
preocupante, pois as APTs são conhecidas justamente por evitar esses
métodos.
"As APTs demandam abordagens muito defensivas, que vão do treinamento
de conscientização e alteração de acordos com terceiros - para garantir
que vendedores estão bem protegidos - à implementação de controles
técnicos", explica Jo Stewart-Rattray, diretor da Isaca.
Outras conclusões
O estudo também constatou que a perda de propriedade intelectual foi
citada como um dos maiores riscos de uma APT (por mais de um quarto dos
entrevistados), seguido de perto pela perda de informações de
identificação pessoal (PII) de clientes ou funcionários. Noventa por
cento dos entrevistados acreditam que o uso de sites de redes sociais
aumenta a probabilidade de sucesso de uma APT, e 87% que a política de
uso de dispositivos pessoais (BYOD) “desbloqueados” torna um ataque de
APT mais provável.
"Estamos apenas em fevereiro e já podemos declarar 2013 como o ano do
´hack´”, diz Tom Kellermann, vice-presidente de segurança cibernética
da Trend Micro. "A pesquisa da Isaca revela que as empresas estão sob
ataque e nem mesmo sabem disto.Levar esta consciência ao currículo
educacional de profissionais de segurança é necessário para que eles
possam construir defesas customizadas necessárias para combater esses
ataques direcionados."
Fonte: Computerworld
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.