quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Brasil aparece em primeiro lugar em ranking mundial de envio de spam

País responde por 36,6% das mensagens indesejadas, seguido pelo México (18,1%) e Argentina (11,9%).

O Brasil é responsável por 36,3% do envio de spam mundial, de acordo com o estudo "Desafios de cibersegurança enfrentados por um mercado econômico de rápido crescimento", realizada pela Trend Micro. Isso coloca o País em primeiro lugar no ranking, seguido pelo México (18,1%) e Argentina (11,9%).
De acordo com a empresa, isso pode ser explicado devido ao alto número de sistemas desprotegidos existentes no Brasil - o que permite que máquinas sejam invadidas facilmente e se tornem parte de bootnets (redes de computadores zumbis), responsáveis pelo disparo de spams.
Além disso, a falta de conhecimento sobre os reais riscos do phishing e dos spams torna a população local ainda mais suscetível a crimes de engenharia social e ataques baseados em emails. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, somente em maio de 2013 a Trend Micro identificou 39 servidores de comando e controle no País.
Segundo o estudo, 58% das URLs maliciosas da América Latina estão hospedadas no Brasil - no México, estão 12,35%. 
O Brasil também aparece em sexto lugar no mundo como o país em que as pessoas estão mais expostas a ter riscos à privacidade por uso de aplicativos móveis.
Cerca de 15% de todos os aparelhos móveis utilizados pelos brasileiros são smartphones - o que faz do país um terreno fértil para a lucratividade dos esquemas de phishing e malware para mobile.
A pesquisa aponta que no primeiro trimestre de 2013, foram criados 10 novos tipos de phishing voltados especificamente para ataques a smartphones. Os tipos mais comuns são os que criam uma Botnet Android.
Também no quesito malware, o que mais chama a atenção é que o País tem um altíssimo volume de ataques pelo 'Conficker', que viola servidores com usuário e senha. Só com essa extensão, foram encontrados pela Trend Micro mais de 52 mil novos ataques em um ano no Brasil.
Malware bancário
Mais de 50% dos brasileiros usam serviços eletrônicos para serviços financeiros, fazendo com que sejam alvo de grupos criminosos organizados que visam roubar credenciais financeiras. 
Exemplos de ameaças desse tipo incluem o Bandoc, que desde março de 2013, atua modificando boletos bancários sempre que o usuário gera um por meio de sites e-commerce ou de bancos online. 
Outro malware que preocupa localmente é o BANKER, que muitas vezes rouba credenciais bancárias e detalhes de contas de e-mail por meio de páginas de phishing que imitam sites de bancos legítimos. As informações roubadas são enviadas para os endereços de e-mail pré-determinados, servidores hospedados na nuvem não fiscalizados pelas autoridades, ou URLs via HTTP POST.
"O estudo mostra que estamos lidando com um mercado de cibercrime muito bem organizado e preparado, que, a cada dia, traz inovações para testes. Por esse motivo, reforçamos a importância em manter sistemas atualizados e buscar as melhores ferramentas de segurança do mercado", explica Leonardo Bonomi, diretor de Tecnologia e Suporte da Trend Micro Brasil.

Fonte: Computerworld

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