O Brasil é responsável por 36,3% do envio de spam mundial, de acordo com o estudo "Desafios de cibersegurança enfrentados por um mercado econômico de rápido crescimento", realizada pela Trend Micro. Isso coloca o País em primeiro lugar no ranking, seguido pelo México (18,1%) e Argentina (11,9%).
De acordo com a empresa, isso pode ser explicado devido ao alto
número de sistemas desprotegidos existentes no Brasil - o que permite
que máquinas sejam invadidas facilmente e se tornem parte de bootnets
(redes de computadores zumbis), responsáveis pelo disparo de spams.
Além disso, a falta de conhecimento sobre os reais riscos do phishing
e dos spams torna a população local ainda mais suscetível a crimes de
engenharia social e ataques baseados em emails. Para se ter uma ideia da
dimensão do problema, somente em maio de 2013 a Trend Micro identificou
39 servidores de comando e controle no País.
Segundo o estudo, 58% das URLs maliciosas da América Latina estão hospedadas no Brasil - no México, estão 12,35%.
O Brasil também aparece em sexto lugar no mundo como o país em que as
pessoas estão mais expostas a ter riscos à privacidade por uso de
aplicativos móveis.
Cerca de 15% de todos os aparelhos móveis utilizados pelos
brasileiros são smartphones - o que faz do país um terreno fértil para a
lucratividade dos esquemas de phishing e malware para mobile.
A pesquisa aponta que no primeiro trimestre de 2013, foram criados 10
novos tipos de phishing voltados especificamente para ataques a
smartphones. Os tipos mais comuns são os que criam uma Botnet Android.
Também no quesito malware, o que mais chama a atenção é que o País
tem um altíssimo volume de ataques pelo 'Conficker', que viola
servidores com usuário e senha. Só com essa extensão, foram encontrados
pela Trend Micro mais de 52 mil novos ataques em um ano no Brasil.
Malware bancário
Mais de 50% dos brasileiros usam serviços eletrônicos para serviços
financeiros, fazendo com que sejam alvo de grupos criminosos organizados
que visam roubar credenciais financeiras.
Exemplos de ameaças desse tipo incluem o Bandoc, que desde março de
2013, atua modificando boletos bancários sempre que o usuário gera um
por meio de sites e-commerce ou de bancos online.
Outro malware que preocupa localmente é o BANKER, que muitas vezes
rouba credenciais bancárias e detalhes de contas de e-mail por meio de
páginas de phishing que imitam sites de bancos legítimos. As informações
roubadas são enviadas para os endereços de e-mail pré-determinados,
servidores hospedados na nuvem não fiscalizados pelas autoridades, ou
URLs via HTTP POST.
"O estudo mostra que estamos lidando com um mercado de cibercrime
muito bem organizado e preparado, que, a cada dia, traz inovações para
testes. Por esse motivo, reforçamos a importância em manter sistemas
atualizados e buscar as melhores ferramentas de segurança do mercado",
explica Leonardo Bonomi, diretor de Tecnologia e Suporte da Trend Micro
Brasil.
Fonte: Computerworld
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