O site "CNBC" publicou uma reportagem com afirmações de Brad
"Renderman" Haines, um especialista em informática canadense que
trabalha em uma "pequena empresa de tecnologia". Haines afirmou que a
nova tecnologia de controle aéreo adotada nos Estados Unidos, com base
em GPS em vez de radar, deixa o sistema vulnerável a interferências,
porque o sinal não é protegido com criptografia.
Haines demonstrou o problema em um simulador de voo. Interferindo nos
dados no simulador, um "voo fantasma" foi criado. Os controladores de
tráfego aéreo não teriam como distinguir os voos reais dos falsos no
sistema, o que dificultaria a orientação dos pilotos. "Se de repente eu
criar 50 voos que não deviam estar lá, eles entrarão em pânico tentando
descobrir o que aconteceu", afirmou Haines à CNBC.
O problema existe porque os sinais dos aviões não são autenticados. Ou
seja, não é possível saber que as informações enviadas por um avião
realmente saíram daquele avião.
Haines diz ter entrado em contato com a Federal Aviation Administration
(FAA, "Administração de Aviação Federal", órgão dos EUA equivalente à
Anac), mas teria sido ignorado. Ao CNBC, a FAA afirmou que há um
"processos contínuo" de avaliação do sistema, mas não comentou sobre
nenhuma falha de segurança encontrada, alegando que o assunto
"sensível".
Voos atuais não estão em risco, porque o novo sistema só deve começar a ser usado no final da década nos Estados Unidos.
Não é a primeira vez que os sistemas aéreos são considerados
vulneráveis por um especialista. Em uma conferência em abril na
Amsterdã, Holanda, o pesquisador Hugo Teso fez exatamente a mesma
afirmação: que os sinais sem criptografia usados pelos sistemas aéreos
podem sofrer interferência para manipular sistemas de piloto automático,
por exemplo. Teso, porém, tirou proveito da tecnologia já em uso nas
aeronaves.
Fonte: Globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.