Na falta de uma legislação específica sobre o assunto, companhias
precisam documentar relação com funcionários que administram perfis nas
redes
Quando Noah Kravitz foi editor-chefe do site PhoneDog, criou uma
conta no Twitter e começou a tuitar para a empresa. O site afirma que,
após Kravitz deixar o emprego em outubro de 2010, continuou a usar sua
conta corporativa para postar, em nome de si mesmo e de seu novo
empregador, apenas mudando o nome do perfil. Agora, a PhoneDog está o
processando para recuperar a conta do Twitter e a lista de seguidores. E
buscando US$ 340.000 em danos.
Disputas como essa demonstram que as leis não acompanharam a evolução
das mídias sociais. Courtney Hunt, diretor da empresa Renaissance
Strategic, diz que as organizações devem tomar medidas para proteger-se
até que a lei ou legislação sobre o assunto seja definida.
Especificamente, os empregadores devem fazer o seguinte:
Esclarecer e ter acordos documentados. É crucial ter
contratos de trabalho e acordos de confidencialidade como todos os
funcionários, particularmente com qualquer pessoa que se comunica com o
público em nome da organização. Estes documentos devem deixar claro que
contas de mídia social são propriedade da empresa e tem valor
quantificável.
Celebridades exigem um cuidado especial quando contratadas para
representar uma empresa. A celebridade irá quase certamente ter um
significativo número de seguidores antes de começar a trabalhar com sua
organização. Seja claro sobre o que acontece quando a empresa e a
celebridade terminam a parceria.
Atualizar as diretrizes de comunicação corporativa.
Normalmente, apenas algumas pessoas são autorizadas a falar publicamente
por uma organização. Relações públicas controlam o que dizem e como
dizem. Como a mídia social surgiu como forma de comunicação pessoal
antes de ser adotada pelo marketing corporativo, a maioria dos manuais
de política não definem como os funcionários devem usá-la em nome da
organização.
Criar procedimentos internos. Certifique-se de um
representante autorizado registre todas as contas das empresas em mídias
sociais. Indique claramente quem está autorizado a postar as
informações. E pense em ter mais de uma pessoa nesta função, de modo que
a rotatividade de pessoal não tenha impacto notável sobre o estilo de
organização da comunicação.
Planeje um final ético. Tratar os funcionários que
estão saindo profissionalmente. Vendedores, recrutadores e outros são
contratados também devido aos contatos que possuem no setor. Durante o
período de emprego, é esperado que insiram esses contatos no CRM da
empresa. No entanto, não é razoável esperar que os funcionários
entreguem todos os seus vínculos profissionais quando saem. Não peça a
eles que entreguem sua conta no LinkedIn ou de outras contas pessoais de
mídia social. Notícias sobre tratamento injusto viajam rápido. Adquirir
uma reputação como um local de trabalho ruim fere a moral e dificulta o
recrutamento, particularmente quando os empregados saem são conectados
aos clientes da sua organização e parceiros de negócios.
A areia movediça jurídica em torno mídia social enreda corporações e
indivíduos. Se você atualmente tuíta, posta ou bloga em nome de uma
organização, verifique se você tem a devida autorização. Além disso,
insista em acordos documentados informando como os seguidores serão
tratados após sua demissão ou rescisão. Além disso, mantenha seus
seguidores pessoais e profissionais claramente separados.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/07/13/empresas-deve-ter-cuidado-com-responsaveis-por-suas-contas-em-midias-sociais/
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