domingo, 6 de junho de 2010

Comportamento dos funcionários pode expor empresas a crimes virtuais

Uma pesquisa realizada pela Trend Micro em seis países apontou que o comportamento dos usuários de internet pode deixar as empresas mais expostas aos riscos do cybercrime.

O estudo mostrou que 50% dos funcionários entrevistados admitiram ter divulgado dados internos de suas companhias por uma conta de e-mail pessoal. No caso de quem trabalha de maneira remota, este número passa para 60%. “Alguns fatores ainda podem influenciar a preferência por e-mail pessoal ou redes sociais na hora de passar estas informações. Há empresas, por exemplo, que limitam o tamanho das mensagens que podem ser enviadas pelo e-mail corporativo. E isso faz com que o funcionário  utilize a conta pessoal”, diz Fábio Picoli, presidente da Trend Micro no Brasil.

Durante o mês de março, a pesquisa ouviu 1.600 funcionários de 400 empresas dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão. Apesar do Brasil não estar contido nos dados, Picoli diz que o comportamento do usuário brasileiro também segue esta tendência.

Entre os países pesquisados, Japão foi o que registrou a maior taxa de envio de informações das empresas usando e-mail pessoal. No país, 78% dos usuários finais que trabalham remotamente e 52% que trabalham dentro da companhia admitiram a prática. “Se o funcionário de uma padaria, por exemplo, leva pães para casa, ele acaba demitido por ter roubado uma propriedade. Os usuários ainda não têm consciência de que em algumas empresas as informações são a propriedade, o bem da companhia”, diz David Pery, diretor mundial de treinamento e educação da Trend Micro.

Além da troca de informações sobre a empresa utilizando ferramentas não apropriadas, o uso do computador para atividades pessoais também é corriqueiro e coloca dados em risco. Já que os usuários podem entrar em sites com códigos mal intencionados e terem seus micros invadidos. Sem esquecer da ação destruidora de vírus.

Só nos Estados Unidos, por exemplo, 74% dos usuários que trabalham de maneira remota disseram usar o computador corporativo para fins pessoais, e 58% dos funcionários que trabalham dentro da empresa também disseram agir da mesma maneira. “Evitar este tipo de comportamento depende muito da política de segurança da informação que as empresas têm. É preciso fazer uma campanha educativa para o uso consciente do computador, que é de propriedade da empresa”, diz Pery.

Entre as atividades pessoais exercidas nos computadores de empresas, conferir o e-mail pessoal é a principal delas, seguido por acesso a sites que não têm relação direta com as funções e movimentações financeiras em bancos. Na lista, figuram até atividades como o download de músicas, apostas em jogos online e a visita em redes sociais.

Fonte: Época Negócios

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